Cresce a adesão às Face Shield nos Estados Unidos, um dos países com maior número de infectados.
Em matéria para o The New York Times, publicada no Jornal O Globo, a jornalista Knvul Sheikh, relatou sobre o uso crescente das Face Shield nos Estados Unidos. O país apresenta índices altos de contaminação, ocupando em maio de 2020 a posição do país com mais infectados do mundo – são mais de 1,5 milhão de pessoas com a doença. Por isso, o Governo americano e alguns estabelecimentos que estão funcionando já exigem ou recomendam o uso das Face Shield durante a circulação da população, de forma a complementar a proteção.

Protetores faciais Face Shield são ideais para jornadas de trabalho ou para uso em tarefas domésticas, como ir ao supermercado e farmácias
O que são as Face Shield e como elas ajudam na proteção da população
As Face Shield são máscaras de material plástico que podem ser esterilizadas facilmente e, por isso, reutilizadas. Em um artigo publicado na revista científica Jama, médicos explicam que a adoção das Face Shield como medida protetiva de saúde pública, somada ao aumento da testagem, ao distanciamento social e à higienização constante das mãos, pode reduzir o contágio do Coronavírus.

Protetores Faciais Face Shield, que dão cobertura total ao rosto do usuário. Foto: Marian Carrasquero para The New York Times
Esses protetores faciais foram criados, inicialmente, para uso hospitalar. Foram pensados, justamente, para proteger os profissionais que lidam com pacientes que possuem infecções respiratórias, de forma a evitar o contágio e preservar a saúde de médicos e enfermeiros. Ter esse aparato integrado aos uniformes de trabalho de hospitais faz dos escudos plásticos um dos artigos mais indicados para o momento de proteção redobrada, já que sua eficácia é comprovada na área da saúde.
Além disso, o material utilizado para a fabricação desses escudos faciais é atóxico e fácil de ser higienizado, o que não causa irritação na pele ou alergias aos usuários. As Face Shield possuem uma cinta de ajuste, confeccionada em plástico ou elástico, que evita que a pessoa leve as mãos à máscara toda hora para ajeitá-la no rosto. Esse é um dos pontos positivos do uso do escudo facial, já que as máscaras de pano, muitas vezes, são utilizadas de maneira errada pelas pessoas, que mexem nelas com frequência para respirar melhor, deixando o nariz ou a boca e abrindo espaço para a contaminação. A utilização dos protetores faciais de plástico também é vantagem para pessoas com deficiência auditiva e quem convive com elas, pois a máscara é transparente e deixa os lábios amostra, permitindo a leitura labial e a percepção de expressões e, assim, não prejudicando a comunicação de surdos e mudos.
A tendência é que o uso dos escudos faciais aumente
Seguindo a lógica de Cingapura, onde professores e alunos dos níveis pré-escolares receberão os protetores faciais na volta às aulas, há recomendação de uso das Face Shield pelos professores na Filadélfia e na Califórnia. Na China, o uso desse tipo de máscaras já era comum e faz parte do cotidiano da população, devido a outras epidemias como a SARS, que aconteceu em 2002. Com o número alto de casos no Brasil, e o início da reabertura das atividades econômicas, a tendência é que esses escudos faciais sejam artigos obrigatórios para combater a doença.
Mas é importante ressaltar que a eficácia da Face Shield sozinha ainda não é comprovada. O bioengenheiro William Lindsley, do Insituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos, explicou para o The New York Times que em algumas situações a máscara pode não evitar o contato com gotículas espalhadas, como “quando se está lado a lado, ou atrás de alguém e, ainda, se duas pessoas estiverem conversando, sendo uma sentada e a outra em pé”. Por isso, o indicado é que em lugares com grande movimentação ou durante longas jornadas, a Face Shield seja associada às máscaras cirúrgicas ou de pano.
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